Elias Inácio de Moraes
Este breve estudo tem por objetivo analisar o modelo de organização social retratado no livro Nosso Lar tendo em vista algumas semelhanças observadas com relação aos modelos socialistas e comunistas, especialmente aqueles predominantes nos anos quarenta, quando o livro foi escrito. Não é intenção discutir se as descrições do livro são reais ou ficcionais, mas tão somente as ideias ali expostas enquanto um importante livro da literatura espírita atual.
Se para Allan Kardec "a vida humana é, pois, cópia da vida espiritual", a questão que se coloca é se aquele modelo de sociedade descrito por André Luiz no livro Nosso Lar merece ser estudado tendo em vista a implementação de ideias semelhantes aqui no mundo material.
De fato, não há como negar as intrigantes semelhanças entre a descrição constante do livro e as ideias socialistas, que saltam aos olhos ante uma leitura mais cuidadosa:
1. Existe
um serviço de saúde destinado a acolher e tratar todos os enfermos, sem nenhuma
distinção, e seu funcionamento tem por base a solidariedade para com aqueles
que conseguem se libertar da situação de transição do mundo que lhes é exterior.
Ok, que lá é o mundo espiritual. Mas se a organização social da Terra é uma
cópia pálida daquela realidade, então os socialistas têm alguma razão quando
defendem saúde pública e gratuita para todos. No modo de organização
capitalista a saúde é tradada como um negócio a ser explorado pelos
empreendedores privados, planos de saúde e seguradoras.
2. O
sistema de transporte, baseado no “aeróbus”, é exclusivamente público. Não
existe transporte individual. Segundo o autor, até mesmo aqueles espíritos em
condições de “levitarem” evitam fazê-lo no ambiente coletivo. Essa ideia de o
mesmo tipo de transporte para todos, sem que as pessoas desfrutem dos
privilégios e facilidades de veículos para locomoção individual, também é
típica do socialismo. Em uma sociedade capitalista o interesse do indivíduo
prevalece sobre o da coletividade. Em Nosso Lar ocorre o contrário.
3. Para
os que valorizam a iniciativa privada em contraposição ao controle centralizado
por parte de uma organização estatal o livro traz uma surpresa desconcertante: Nosso
Lar apresenta um elevado nível - indagamos se não seria excessivo - de centralização, uma vez que inclusive a música e a oração seguem
padrões estabelecidos pela direção da colônia. O autor descreve um sistema de
comunicação que leva a todos os ambientes, incluídos os “lares”, um
momento de “prece coletiva” com a pessoa do “governador”. O relato dá conta de uma representação unificada e material da ideia de Deus na forma do
“Coração Invisível do Céu”, um coração na cor azul (cap. 3 e 18) que emite
raios luminosos ao qual todos prestam reverência.
4. O
conceito de trabalho apresentado também chama a atenção, porque tem tudo a ver
com a concepção socialista. No capitalismo o trabalho é compreendido como meio
de obtenção do necessário à subsistência, do ganho adicional, do lucro e de acumulação de riquezas. Já os socialistas veem no trabalho uma forma de realização pessoal do indivíduo e de cooperação para a
sobrevivência e o bem estar da coletividade, sem o foco na remuneração. Kardec entende que o trabalho é o meio pelo qual o ser humano promove o desenvolvimento das suas potencialidades e exalça a sua dignidade, enquanto Karl
Marx afirma que é através dele que o homem transforma a realidade e afirma a sua presença no mundo.
5. Há
um elevado nível de “igualdade social” em Nosso Lar, bem no sentido socialista. Não se observa
grande variação no “valor” do trabalho, que é contado pela medida das horas
despendidas na sua realização; os trabalhos que requerem maior cota de
sacrifício são os mais valorizados, representando no máximo 3 vezes os
trabalhos considerados comuns.
6. O
trabalho jamais é imposto; todos os “moradores” de Nosso Lar tem garantida uma
condição básica de vida, independente de trabalharem ou não. Apenas o que
extrapola às necessidades básicas depende do trabalho, o que apresenta uma forte correlação com os
programas de Renda Mínima que têm sido implementados em alguns países por
governos socialistas.
7. Em
que pese os espíritos poderem “criar” objetos a partir de uma atuação mental (laboratório do mundo invisível do cap. VIII de O Livro dos
Médiuns) ninguém cria nada para si. Não existe propriedade privada em Nosso Lar. Todas as edificações são patrimônio coletivo
sob controle da governadoria. Toda pessoa que acumula 30.000 horas de trabalho
em favor da comunidade passa a ter direito a uma moradia individual, mas que
não se torna propriedade sua, apenas objeto de uso enquanto lhe for necessário.
Os “cidadãos” que ainda não têm direito a uma moradia individual residem em
habitações coletivas, ou na companhia de amigos que desfrutam desse benefício.
8. Não se transmite herança em Nosso Lar. Apenas o lar, como abrigo temporário, pode ser cedido aos entes queridos, mas não como propriedade, e sim como objeto de uso, em reconhecimento aos serviços prestados pelo cedente à coletividade (cap. 22).
9. O
bônus-hora, como substituto do dinheiro, também apresenta um forte componente
socialista. Enquanto o dinheiro, no capitalismo, representa patrimônio, o
bônus-hora apenas traduz merecimento pelo serviço prestado à comunidade, que
não tem como ser acumulado sob a forma de riqueza. Extingue-se quando o
“cidadão” deixa a colônia, sem perda das suas aquisições de natureza espiritual
traduzidas em experiência, sabedoria, capacidade de realização.
10. O bem estar coletivo está assegurado. Todos têm direito a quotas de “vestuário”, “alimentação”, saúde, transporte e moradia, mesmo que seja coletiva
para aqueles que ainda não conquistaram o direito a uma moradia individual.
11. O fato de o governador permanecer por longo
tempo no posto (havia completado 114 anos ininterruptos) teria algo a ver com o fato
de Getúlio Vargas estar no poder há mais de 13 anos quando o livro foi escrito? Com certeza este relato não apresenta
nenhuma similaridade com o caso de Franklin Delano Roosevelt, presidente da
maior democracia capitalista do planeta à época, e que havia sido eleito ao
cargo pela terceira vez. Há aqui uma desconfortável semelhança com o regime
totalitário de Getúlio Vargas, que era uma ditadura. E aí surge uma pergunta: Por que o modelo apresentado não se inspirou nos
emergentes estados democráticos como França, que era socialista, ou Estados Unidos, que era capitalista?
12. Aliás, a democracia é um elemento que
não aparece nas descrições contidas no livro. O que emerge da leitura é uma
forma de “meritocracia”, teoria muito em voga na época, muito embora o texto não deixe claro como ela funciona. Os cargos são todos indicados mediante
“deliberações superiores”, de um modo que tem mais a ver com o conceito de
teocracia do que com a própria meritocracia.
13. A moral coletiva é estabelecida pelo
governador. Quando ele “decidiu” mudar os padrões de “alimentação” em Nosso Lar
isto passou a ser implementado de cima para baixo. O livro relata assembleias
visando a “educação” dos habitantes, mas não traz nenhum registro que aponte
para qualquer forma de deliberação coletiva. O trabalho de convencimento,
visando uma transformação da cultura “alimentar” da população, foi feito de
maneira impositiva e persistente ao longo de mais de 30 anos, até que ela fosse
assimilada por todos os cidadãos. Um exemplo claro de regime autocrático.
14. O relato dá conta de uma rebelião,
sufocada mediante uso dos processos que, à luz das ciências sociais, são
considerados como exercício da violência pelo Estado. Uso de “baterias
elétricas”, “calabouços”, “isolamento”, “dardos magnéticos”, supressão total de
“alimentos”. Todos estes termos são utilizados no livro, traduzindo o uso da
força para implementar uma medida considerada pelo governador como necessária.
E há no texto uma justificativa para o uso da força, que é a “indignação do
espírito manso e justo”, em uma alusão ao relato de que Jesus teria adotado
esse tipo de medida na ocorrência dos vendilhões do templo.
15. Há um sistema de justiça baseado no
reconhecimento dos erros cometidos pelo próprio indivíduo, mas não há
julgamento, apenas esclarecimento. E não há punições; a própria pessoa
compromete-se com a correção dos seus equívocos a partir da tomada de
consciência do dano causado a outrem e da necessidade de reparação. Lembra as propostas de descriminalização das ações privadas, como o uso de drogas,
tão caras ao Socialismo.
16. A “intercessão” é recurso habitual,
baseada no mérito de quem solicita. E esse mérito é resultante, não de relações
estabelecidas, mas de merecimento decorrente de serviço prestado à causa da
coletividade. O trabalho, e não a riqueza, é o que distingue as pessoas em Nosso Lar.
17. A questão dos papeis sociais do homem
e da mulher no livro Nosso Lar também merece uma reflexão, já que a emancipação
da mulher é um importante tópico tanto para o Socialismo quanto para o Espiritismo,
tendo merecido um item específico em O
Livro dos Espíritos. Neste aspecto o livro Nosso Lar apresenta uma
contradição indiscutível, sendo a questão feminina pautada por valores
típicos da tradição judaico-cristã. Por que estariam reservados à mulher apenas
os trabalhos que funcionam como uma “extensão do lar”, como “a enfermagem, o
ensino, a indústria do fio, a informação e os serviços de paciência”? Porque os
“escritórios e gabinetes” são apresentados como sendo a “atividade justa ao
espírito masculino”? Narcisa é mulher, e o governador, homem. Em que pese a referência à ministra Veneranda – que atua no ministério que
cuida dos doentes – e a duas outras ministras da Comunicação, mesmo nos livros
que foram escritos depois de Nosso Lar os orientadores espirituais são todos
homens.
Excluídas as contradições, não resta
dúvida de que o modelo de sociedade apresentado no livro Nosso Lar
tem inúmeras características do que seria uma sociedade comunal, em tudo semelhante às então recentes tentativas de aplicação dos princípios do marxismo, só que associada aos valores do Espiritismo e do Evangelho de
Jesus.
Pergunta-se: quais as razões dessa semelhança?
Como ponto de partida, cabe destacar
que o objetivo do livro, conforme consta no seu prefácio, é o de trazer ao
público “ligeiras notícias” sobre “as condições da vida além-túmulo” visando “à
legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos
e bem-intencionados, nas esferas invisíveis ao olhar humano, embora intimamente
ligadas ao planeta.” A leitura do prefácio já deixa claro que a intenção do
autor é eminentemente moral, sem qualquer intenção de fazer filosofia política.
É importante considerar a
época em que o livro foi escrito; sua produção se deu em 1943, que
representa a fase de prosperidade econômica da ditadura instituída por Getúlio Vargas em 1930,
e que perdurou até 1945. Este foi um período marcado por grandes avanços
sociais no Brasil, sobretudo para a classe operária. Foi também a época em que
a União Soviética, sob um regime comunista desde 1917, conseguiu alavancar uma
forte expansão da sua base industrial, conseguindo superar até mesmo os Estados
Unidos na liderança mundial em termos de armamentos, esportes, artes e
educação.
Talvez seja interessante considerar
também o forte apelo existente desde o século anterior para o estabelecimento
de uma sociedade mais igualitária e menos materialista, que levou à criação da
comunidade New Harmony por Robert
Owen, um socialista convertido ao espiritualismo no final de sua vida, depois
de conseguir estabelecer contato com os espíritos de Benjamin Franklin e Thomas
Jefferson, que lhe teriam manifestado o propósito de substituir o atual estado
miserável da existência humana por um estado verdadeiro e feliz, e de preparar
o mundo para a paz universal e infundir em todos o espírito de caridade,
tolerância e amor. A ele deve-se a criação do sistema cooperativista que se expandiu
largamente em todo o planeta até os dias atuais.
Esse mesmo sentimento já havia
animado outro socialista, Charles Fourier, que acreditava na
transformação da sociedade a partir da criação de pequenas comunidades produtivas
que funcionariam em regime comunal, os falanstérios, que se espalharam no
século XIX por diversas regiões da Europa, dos Estados Unidos, chegando até
mesmo ao Brasil, na malograda tentativa de implantação do Falanstério do Saí,
em Santa Catarina. Era esse sentimento que animava o espírito de grande parte da comunidade
judaica, empenhada em resgatar o cultivo da terra como meio de redenção física e
espiritual do seu povo, o que originou no início do século XX a experiência dos
kibutz, pequenas comunidades
inspiradas no regime comunal que se constituíram numa das principais forças
para instauração de uma nova identidade cultural do povo de Israel.
Por último é bom lembrar que mais ou menos duas décadas antes o principal continuador de Allan Kardec havia publicado uma série de artigos a respeito das correlações entre esse sistema social e as ideias espíritas, dos quais resultou depois o livro Socialismo e Espiritismo. Portanto, essas ideias estavam permeando o imaginário espírita daquela época.
Cabe ressaltar que o modelo social apresentado no livro incorre, assim como acontecia nos países
socialistas da época, em pelo menos três desvios em relação à proposta teórica de Karl Marx e dos socialistas utópicos:
1) O modelo de administração descrito é extremamente autocrático e, o que é mais grave, baseado nos princípios da teocracia, com total
negação da democracia. Para os teóricos do socialismo a supremacia do povo, representado pela base da sociedade, é um valor inalienável.
2) Há uma centralização excessiva em
torno de uma classe dirigente. A população não possui voz; sequer é ouvida nas questões mais relevantes da vida social, o que é típido das ditaduras.
3) A comunicação é centralizada e a fé é compulsória; quem não se adapta é simplesmente excluído, o que é típico de regimes autocráticos.
Mera coincidência ou existiria alguma
ligação entre a narrativa de Nosso Lar e a realidade observada no panorama
social do mundo?
Dentre todas as explicações
possíveis, há pelo menos duas hipóteses a serem consideradas:
Hipótese 1 - Como o processo
mediúnico é sempre o resultado da interação entre a mente do médium e a do
espírito comunicante num determinado contexto social, esse modelo de sociedade pode ser o resultado de uma visão particular
do médium em relação ao ambiente sócio-político da época somada às suas percepções de natureza espiritual, daí a presença das ideias socialistas em voga na época, muito típicas daquele momento sócio-histórico.
Hipótese 2 - Como a sociedade terrena
é uma copia simplificada do mundo espiritual, a realidade retratada no livro
reflete, de fato, o modo como aquela comunidade espiritual se acha organizada, inclusive com as suas limitações e atavismos. O
médium teria traduzido da melhor maneira possível essa realidade, e aquele
modelo de sociedade pode ser compreendido como um ideal para o qual tende a
humanidade, mediante os avanços sociais para cuja consolidação a ação
organizada dos seres humanos pode contribuir ou retardar.
Algumas semelhanças de natureza teológica são um tanto curiosas. No capítulo 44 as "esferas espirituais que circundam a Terra" são apresentadas em três níveis: as colônias habitadas pelos espíritos esclarecidos, o umbral e as
“trevas”. Não é curiosa a semelhança dessa divisão com a ideia católica de Céu,
Purgatório e Inferno? Poderia ser isso um modo de expressão da visão católica do médium marcando de maneira subliminar o conteúdo da obra?
Mas é também possível que estejamos diante
de uma explicação dos próprios espíritos, cujas raízes culturais, tanto quanto
as da nossa sociedade brasileira, estão assentadas na tradição judaico-cristã. Kardec
considera que os espíritos nada mais são que os homens quando desprovidos do
seu corpo físico, portanto, também portadores de cultura, de valores, de
crenças e mesmo de atavismos. Assim sendo, o texto pode retratar em partes a realidade de uma sociedade que se desenvolve mais
ou menos ao mesmo tempo, tanto na dimensão física quanto na espiritual.
Faria sentido considerar que ambas as hipóteses são aplicáveis, ou seja, que a
obra psicográfica, mesmo de médiuns como Chico Xavier, traz elementos dos espíritos em
permeio com outros do próprio médium? Analisando as dificuldades de se identificar a autoria espiritual dos textos Kardec concluiu que “desde que esse ensino é
bom, pouco importa que aquele que o deu se chame Pedro, ou Paulo. Deve ele (o
ensino) ser julgado pela sua qualidade e não pelas suas insígnias”. (Cap. XIX e XXIV de O Livro dos Médiuns).
Qualquer que seja a explicação mais plausível, é interessante
constatar que o socialismo fundado nas bases do Espiritismo e do Evangelho de
Jesus é apresentado no livro como o modelo ideal de sociedade, para além dos radicalismos
políticos observados no mundo da política humana.
Mais curioso ainda é constatar que no
modelo social relatado no livro Nosso Lar o socialismo consegue superar as principais contradições apontadas por István Meszáros nos países que tentaram implementar esse modelo, o chamado socialismo real, e que foram as
causas do seu insucesso, a saber:
1) A extinção do dinheiro como fator de
acumulação de riqueza e reprodução do capital (o bônus-hora não tem significado
patrimonial);
2) A reconfiguração do trabalho, que
deixa de ser mercadoria e passa a ser fator de crescimento pessoal e de responsabilidade individual para com
a coletividade;
3) O sentido de propriedade coletiva e o compartilhamento de recursos;
4) Adesão espontânea à proposta social mediante a renúncia a qualquer tipo de privilégio com base na consciência individual e coletiva.
Vigora atualmente no meio espírita um senso comum que procura associar ideologicamente o Espiritismo aos valores do capitalismo, como se fosse este uma espécie de "lei natural", ao contrário de uma criação humana, como bem estabelece a questão 806 de O Livro dos Espíritos. Esse movimento, que procura embasar-se em alguns pontos isolados da obra kardequiana, além de ignorem o seu conjunto, ainda desconsideram a relevante contribuição do espírito Emmanuel, através do mesmo médium, Francisco Cândido Xavier, quando ele propõe o "socialismo cristão" como modelo para a sociedade que se pretende descortinar no mundo regenerado.
Neste sentido, não há como deixar de considerar que o livro Nosso Lar representa uma aplicação prática desse modelo, também chamado por Emmanuel de "socialismo de Jesus", e que ele entende que haverá de vigorar na Terra quando nós, os seres humanos, nos decidirmos por aplicar na nossa vida social os princípios sagrados do Evangelho.
BIBLIOGRAFIA:
Xavier, Francisco C. Nosso
Lar, pelo espírito André Luiz. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
Xavier, Francisco C. Emmanuel, pelo espírito Emmanuel. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
Xavier, Francisco C. O Consolador, pelo espírito Emmanuel. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
Kardec, Allan. O Livro
dos Espíritos. Ed. CELD, Rio de Janeiro/RJ.
Kardec, Allan. O Livro
dos Médiuns. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
Mészáros, István. Para
Além do Capital. Boitempo Editora, São Paulo/SP.
Muito bom teu texto, Elias. Será um desafio para mim reler esse livro.
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