Elias Inácio de Moraes
No livro O Céu e o Inferno Kardec apresenta
dezenas de entrevistas ou comunicações espontâneas obtidas junto a espíritos
nas mais variadas situações, alguns dos quais, na sua última existência, viveram
na condição de pobreza extrema ou mesmo de miséria. Todos eles reportam uma
existência anterior de opulência que não souberam aproveitar, e na qual
repeliam e até mesmo humilhavam e exploravam os pobres ao seu redor.
Talvez por isso muitos
estudantes do Espiritismo entenderam equivocadamente que as condições sociais nas
quais vive uma pessoa decorreriam de erros ou de acertos cometidos em suas vidas
passadas.
De fato, entre os
inúmeros relatos de casos que lhe chegavam há o de uma mendiga idosa conhecida
como Julienne-Marie que havia falecido recentemente em decorrência de uma queda
em um poço, na região do Loire, e que, socorrida por uma senhora espírita,
sobreviveu ainda por uns dias. Tendo sido evocada em uma reunião mediúnica,
agradeceu pela assistência recebida e comentou:
Previstes, sob o ponto de vista social, a superioridade das minhas
antecedentes encarnações, pois, se voltei à Terra com a prova da pobreza, foi
para punir-me do vão orgulho com o qual repelia os pobres, os miseráveis.
Assim, passei pela pena de talião, fazendo-me a mais horrenda mendiga deste
país.[1]
Há também o caso de um
mendigo idoso da Baviera, falecido em 1850, que era conhecido por Pai Max, a
quem a comunidade apelidara de Conde Max, e que viveu por um longo período
abrigando-se na estrebaria de um dos castelos da região. Vários anos após a sua
morte a filha do proprietário do castelo sonhou com ele, que lhe agradecia as
orações e os cuidados, e lhe contava, no sonho, o seu passado:
Há cerca de século e meio era eu um dos ricos e poderosos senhores desta
região, porém orgulhoso da minha nobreza. A fortuna imensa, além de só me
servir aos prazeres, mal chegava para o jogo, para o deboche, para as orgias,
que eram a minha única preocupação na vida.[2]
Há aqui um detalhe
curioso. O caso é apresentado como uma longa narrativa sob a forma de conto, um
relato do que a “filha do proprietário” daquele castelo ouvira do espírito em
sonho; como se ela tivesse sonhado e, em seguida, registrado suas impressões,
das quais Kardec se apropria como sendo uma narrativa mediúnica, para fins de
estudo.
Um ano antes ele já
havia publicado uma análise a respeito das causas das aflições da vida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, na
qual ele as divide em duas espécies distintas: “umas têm sua causa na vida
presente; outras, fora desta vida”. Muitos dos sofrimentos “são consequência
natural do caráter e do proceder dos que os suportam”.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua
imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau
proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos![3]
Kardec conclui que, diante
da grande maioria das situações de penúria o homem pode interrogar sua
consciência e, com certeza, chegará à conclusão de que “se eu houvesse feito,
ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.” Mesmo
aqueles sofrimentos cuja causa não consiga identificar nesta existência, tendo
agora conhecimento da reencarnação pode ele situá-la, sem sombra de dúvida, em
existências anteriores.
Se foi duro e desumano, poderá ser a seu turno tratado duramente e com
desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi avaro,
egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do
necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos,
etc.
Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da
Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da
ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta.[4]
Dessa análise se tem
concluído muitas vezes que os pobres da atualidade, em especial aqueles que se
veem a braços com grandes provações, seriam pessoas que em vidas passadas não
souberam lidar com a fortuna e que agora estão expiando suas faltas em condição
adversa.
Neste ponto, em
particular, é preciso considerar que Kardec não estava teorizando a respeito
das possíveis causas da desigualdade social; o que ele tinha em vista era mostrar
como a reencarnação funciona no cotidiano das relações estabelecidas entre os
seres humanos, em particular no que se refere às situações de riqueza, pobreza
e miséria. Incorre em grave equívoco quem, a partir disso, queira generalizar
essa explicação como se ela fosse suficiente para justificar as causas da
desigualdade social.
Adam Smith, em quem
Kardec se inspira para muitas de suas análises, já havia denunciado há quase um
século que os pobres são usados na sociedade humana como verdadeiras alimárias
visando à produção de riquezas das quais os ricos se apropriam, deixando a eles
o estritamente necessário à sobrevivência e reprodução. Analisando os
fundamentos da economia Adam Smith já havia constatado que até mesmo a taxa de
natalidade dos pobres era controlada pelos ricos tendo em vista manter o
equilíbrio do preço do trabalho de modo a garantir a lucratividade dos seus
empreendimentos. Sua análise é de natureza exclusivamente econômica, sem
nenhuma avaliação sob o ponto de vista da justiça do sistema, ou de qualquer
questão moral; para ele, era assim que o mundo funcionava, como se fosse uma
“lei da natureza”, e nada poderia ser feito. Aliás, na teoria que ele elabora
essa desigualdade era mesmo necessária, pois sem ela não seria possível
produzir os bens de que o mundo necessita e que o progresso exige.
É interessante
observar que os espíritos que participaram com Kardec da elaboração de O Livro dos Espíritos não concordam com
esse entendimento; quando indagados se a desigualdade social era uma espécie de
“lei da natureza”, a resposta que eles oferecem é categórica: “Não; é obra do
homem e não de Deus.”[5]
Para os espíritos o orgulho e egoísmo estão na raiz de todos os problemas
sociais.
Os grandes da Terra imaginam que os títulos e as riquezas são recompensas
deferidas aos seus méritos e se consideram de essência mais pura do que a do
pobre. Julgam que os títulos e as riquezas lhes são devidos, pelo que, quando
Deus lhos retira, o acusam de injustiça.[6]
Da forma como a
sociedade está organizada, os mais ricos, e mesmo as pessoas das classes
médias, sentem-se superiores aos pobres, social, moral e espiritualmente
falando. São ricos, ou mesmo de uma riqueza mediana, porque foram “inteligentes,
ativos e laboriosos para adquirir”, e “sóbrios e previdentes para conservar”; o
que significa que se uma pessoa é pobre é porque lhe faltaram essas virtudes. Daí
a caridade como um “dever moral” atribuído aos ricos no sentido de levarem
assistência material aos pobres, combinando essa ação com o esforço de
“educá-las”, numa clara evidência desse sentimento de superioridade moral que o
espírito denuncia. O pobre é quem precisa ser educado, moralizado. Seus
hábitos, seus costumes, até mesmo sua arte, são moralmente inferiores aos dos
ricos, que se colocam como referência em dignidade, espiritualidade e
inteligência.
É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com
igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo
efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela
diversidade dos caracteres e das aptidões.[7]
Não há como negar que
em alguns pontos de seus livros Kardec chega a dar razão a essa visão
preconceituosa em relação ao pobre, visão que era predominante na sociedade da
sua época, e que atribuía a desigualdade social à preguiça e à inércia das
pessoas, que nem sempre se dispunham aos labores necessários à constituição das
riquezas. A causa das desigualdades sociais era, portanto, a “diversidade dos
caracteres e das aptidões”.
Desde a produção de O Livro dos Espíritos que, quando
indagados a respeito, os autores espirituais tentavam fazer um contraponto,
chamando a atenção de Kardec para alguns vícios morais que permeiam as riquezas
pretensamente “bem adquiridas”, como “a velhacaria e o roubo”, e a própria
exploração do pobre pelo rico, mas faltavam-lhe elementos teóricos que lhe possibilitassem
compreender para além daquilo que havia sido trazido no século anterior por
Adam Smith. Nessa época Karl Marx não havia publicado ainda seus estudos
econômicos, que revolucionariam a compreensão a respeito das verdadeiras causas
da riqueza, da pobreza e da miséria; em suma, da desigualdade social.
Não é por outro motivo
que a teoria social presente na obra kardequiana – e que os espíritos contestam
em muitos pontos de O Livro dos Espíritos
– considera a desigualdade social como necessária, como também pensava Adam
Smith, em um utilitarismo divino segundo o qual “se não existissem riquezas,
não haveria o progresso que delas resulta”.
Baseada em uma visão
equivocada do trabalho, essa teoria parte do pressuposto de que, se todos
tivessem o necessário ninguém precisaria trabalhar; e em não havendo a
perspectiva da acumulação de riquezas, deixaria de haver também o empenho na invenção,
na inovação, no progresso. Além disso, a riqueza – e também a miséria – seria o
meio pelo qual Deus experimentaria moralmente o homem, visando o seu progresso
espiritual.
Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar
que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos
a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a
possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria
comprometido, cada um a possui por sua
vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência;
outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã.[8]
Não há
como desconsiderar que essa naturalização da desigualdade social não resiste a
uma análise mais criteriosa. Desde Adam Smith, no século XVIII, que já se sabe que a
riqueza do mundo é controlada pelos detentores do capital, que manipulam até
mesmo as condições de salário e as taxas de desemprego em benefício dos seus
negócios. Se aos ricos é dado se associarem na forma de entidades como a FIESP
– Federação das Indústrias dos Estado de São Paulo –, nas quais eles se reúnem
para discutirem os seus interesses comuns, aos pobres é negada até mesmo a
organização sindical, vista como de má fé pelos ricos e quase sempre sabotada
por estes mediante aliciamento de seus líderes. Usando os mais diversos
expedientes, as classes dominantes procuram inviabilizar por todos os meios
qualquer tipo de associação operária que tenha por objetivo pressioná-los por
uma melhor repartição do resultado da produção que, por sinal, só foi possível
graças ao seu trabalho quase sempre árduo e mal remunerado.
Karl Marx, no furor de
sua verve revolucionária, havia denunciado em 1848 que estamos todos inseridos
em um sistema econômico que tem como base a exploração do trabalho das pessoas
pobres pelas pessoas detentoras de riquezas. O mundo sempre havia sido
dividido, defendia ele, entre uma classe exploradora e outra classe dos
explorados, entre senhores e servos, nobres e plebeus. Com a Revolução
Industrial essa divisão se repetia sob a forma da burguesia e do proletariado.
A burguesia era representada por aqueles que detinham capital suficiente para,
mediante o trabalho dos operários, produzir o de que a sociedade necessitava
para a sua sobrevivência.
A teoria proposta por
Karl Marx se assenta sobre as bases da de Adam Smith, mas não se limita a ela;
vai além. Em vez de naturalizar a desigualdade social ele afirma que ela é uma
decorrência do egoísmo humano, que tudo quer para si em detrimento dos demais,
na mesma linha de raciocínio dos espíritos que dialogam com Kardec; em vez de
uma “lei da natureza” ou uma “obra de Deus”, como entendia a religião, ela
seria “obra do homem”, como afirmavam os espíritos. Em vez de ser uma
decorrência da virtude, a riqueza para Marx era resultado da ambição, do desejo
de acumulação para si em prejuízo dos demais; em vez de um resultado natural da
“diversidade dos caracteres e das aptidões”, a diferença social é consequência
do modo como os ricos reservam para si as melhores escolas, conforme já havia
sido apontado por Adam Smith, impedindo aos pobres o acesso à educação, de modo
a manterem sob seu controle a divisão social necessária à perpetuação do
sistema.
Nessa linha de
raciocínio, também o Estado era uma invenção da classe burguesa que pretendia,
através dele, impor a sua dominação e exercer o controle sobre o proletariado.
Ateu confesso, ele denuncia a religião como se servindo de instrumento para
alimentar a conformidade dos pobres mediante a promessa de uma recompensa
futura, daí considerá-la como “ópio do povo”.
Estudos recentes tem
constatado que 1% das pessoas do planeta detém metade da riqueza existente,
sendo que aos 50% mais pobres é destinada a ínfima parcela de 5%. O mesmo
acontece com a riqueza que é anualmente produzida pelo trabalho de toda a
coletividade; são os 1% mais ricos que se apropriam da maior parte do que eles
consideram como sendo o “lucro”, que será tanto maior quanto menor for a
remuneração paga aos trabalhadores que efetivamente produzem as riquezas.
Quando se consideram
os 10% mais ricos, entre eles estão os 9% constituídos pelos burocratas,
políticos e juízes, que se constituem na classe média alta e, mediante os mais
variados expedientes, reservam para si o direito de decidir os próprios
salários. Com isso eles também conseguem abocanhar algo em torno de 30% de toda
a riqueza produzida todos os anos. Aos 90% restantes da população sobra a
competição desenfreada – e em condições absolutamente desiguais – pelo resíduo
final dessa riqueza produzida, que raramente supera 30% do total.[9]
Não é sem razão que a
base de todo o sistema de produção atual está assentada sobre os conceitos de
“competitividade” e de “merecimento”, o oposto da cooperação, da solidariedade
e do amor ao próximo, sobre os quais se assenta o Evangelho de Jesus.
A ciência política
moderna já constatou que, no modelo de organização social vigente, existe um
pequeno grupo de pessoas consideradas super-ricas que dominam até mesmo os
estados nacionais, manipulando as instituições políticas, financiando campanhas
e mobilizando redes de apoio de modo a sempre manterem um sistema legal que
lhes seja favorável. Assim eles garantem a prevalência dos seus interesses em
detrimento da grande maioria constituída pelas classes operárias; se em algum
momento estas, de alguma forma, conseguem estabelecer avanços que lhes
favoreçam, realizam-se intervenções sociais e políticas que recoloquem “nos
trilhos” o sistema como um todo, visando a sua perpetuação.
Karl Marx, em sua
análise puramente racional, entende que não se pode atribuir aqui nenhum
julgamento moral; o empresário que explora o pobre não o faz movido por um
sentimento de maldade, por uma perversidade consciente, ou por uma intenção clara
de exploração. No seu entendimento o modo como o sistema produtivo foi
estruturado é que impõe essa lógica. Até mesmo o empresário caridoso, para
garantir a sobrevivência do seu empreendimento, é obrigado a também explorar os
seus operários, sem o que ele não consegue alcançar a competitividade
necessária à sua permanência no seu ramo de atividades.
No Brasil de 2018, uma
pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha atesta que enquanto 64% das
famílias vivem com renda mensal inferior a R$ 3.000,00 apenas 1% apresentam
renda mensal superior a R$ 20.000,00. Se tomarmos como referência a renda
mensal de até R$ 4.500,00 teremos 82% das famílias brasileiras nesse grupo,
sendo que, destas, 8% se acham em situação de pobreza extrema, com cada membro
sobrevivendo com menos de R$ 140,00 por mês. Isto significa que existem 20
milhões de pessoas em situação privilegiada em relação aos mais de 180 milhões
que vivem precariamente, com acesso extremamente restrito a bens como educação,
moradia, alimentação, transporte e saúde, que são coletivamente produzidos.
Significa também que, destes últimos, algo em torno de 16 milhões se acham em
situação de miséria inaceitável em uma sociedade minimamente civilizada.[10]
A “escolha das
provas”, que o espírito faz antes de seu retorno ao mundo material, acha-se
inevitavelmente limitada por esses fatores. Não está disponível aos espíritos,
como regra geral, reencarnarem ente os super-ricos do planeta; nem mesmo entre
os 10% situados no topo da pirâmide social. A condição que está disponível a
todos é a da pobreza que, pelo menos no Brasil, representa 82% das “vagas” existentes
no momento do seu renascimento. Em uma sociedade altamente competitiva – e muito
pouco cooperativa ou solidária – é pouco provável que qualquer de nós, ao
reencarnar, encontre os membros da nossa “parentela espiritual” situados nas
escalas mais elevadas da pirâmide social.
Há quem alegue a possibilidade
da “mobilidade social” em defesa do modelo atualmente vigente, sem levar em
conta que até mesmo essa mobilidade está limitada por conjunturas alheias aos
indivíduos. É o que ocorre na atualidade, quando grande parte das atividades
humanas passa a ser executada por máquinas computadorizadas, por sofisticados
sistemas de inteligência artificial, prometendo deixar em situação de
desemprego milhões de trabalhadores, que passam a sobreviver em condições muito
adversas, caracterizando o que a sociologia chama de “precarização das
condições de trabalho”.
Kardec já havia
atentado para esse tipo de situação quando, em nota, comentou que
Não basta se diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É preciso
que aquele que tem de prover à sua existência por meio do trabalho encontre em
que se ocupar, o que nem sempre acontece. Quando se generaliza, a suspensão do
trabalho assume as proporções de um flagelo, qual a miséria.[11]
Segundo os espíritos
propunham, a sociedade “deve assegurar a existência dos que não podem
trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê
do acaso e da boa vontade de alguns”. Com isso eles antecipavam em algumas
décadas o que viria a se constituir em políticas públicas de proteção social,
prática largamente adotada em alguns países no final do século passado para
fazer face ao problema da pobreza e da miséria.
Portanto, tentar
explicar a desigualdade social com base na reencarnação, ou apenas naquilo que
consta na obra kardequiana – que não têm esse objetivo, convém insistir –
ignorando o que a ciência política, a economia e a sociologia hoje nos
apresentam, é, no mínimo, expor o Espiritismo ao ridículo diante das pessoas
mais esclarecidas. E, o que é pior, pode significar a reprodução dentro do
próprio meio espírita dos valores de uma sociedade assentada sobre o
individualismo e a competitividade, que em nada lembram as instruções dos
espíritos na direção de uma vida mais solidária, mais fraterna, sem distinções
de condição social.
Até porque o “guia e
modelo” que os espíritos sugerem para a humanidade, e que foi colocado como
referência para um modo de pensar espírita, foi um simples filho de
carpinteiro, ignorado na sociedade, anônimo na história. Com a ajuda de alguns
pescadores também anônimos, de posição social insignificante, foi esse homem
quem lançou as bases para uma nova forma de organização social baseada no amor
ao próximo, na fraternidade, na vida em comunidade, onde todos fariam aos
outros como gostariam que fosse feito a si mesmos, cada um pensando em todos, e
todos cuidando de cada um.
[1]
Kardec, Allan. O Céu e o Inferno,
cap. VIII. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[2]
Kardec, Allan. O Céu e o Inferno,
cap. VIII. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[3]
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. V item 4. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[4]
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. V item 7. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[5]
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos,
questão 806. Ed. FEB, Rio de janeiro/RJ.
[6]
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. VII item 11. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[7]
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XVI item 8. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[8]
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. XVI item 8. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
[9]
Piketty, Thomas. O Capital no Século XXI.
Ed. Intrínseca, Rio de Janeiro/RJ.
[10]
Os números foram arredondados para facilitar o entendimento. A pesquisa foi
publicada pela Folha de São Paulo no
site da Uol em fevereiro de 2019.
[11]
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos,
nota à questão 685-a. Ed. FEB, Rio de Janeiro/RJ.
Obrigado. Luz diante de ponto tao claro, para aspectos tao polêmicos que marcam o movimento espírita brasileiro, com os mesmos estígmas sociais gerais - fundamentalismos . Ora, trazer à baila qualquer teoria ou conceito sem contextualizá-los, é deixar que resvalam para anacronismos.
ResponderExcluirEssa peça Elias, é uma pérola anti-sofística, de um primor, que vale ter conhecido todo o saber espirita e acadêmico, nessa quadra histórica contemporânea - diga-se emblemática -, por estar a exigir de nós lucidez teórica, como propugna os Espíritos quanto ao bom combate, nessa guerra de idéias atual.
Este artigo, que há de compor seu livro, é luz sobre a realidade teórica e a existencial, em oportuna análise sem mescla, próprio de Espírito de escol, sem titumbear.
Num dado momento você usou o termo "inercia" do homem. Sugeriria o termo "inépcia" , apropriado à contextualizacao.
Muito obrigado pelo estímulo que recebo através dos seus comentários. E também pela sugestão, absolutamente pertinente. Um grande abraço.
ExcluirInteressante.
ResponderExcluirMeu rapaz, que bom tomar conhecimento dos seus preciosos artigos, vejo que se dividirmos a riqueza do planeta com todos, logo ficaríamos iguais: miseráveis. Não teríamos como avançar , evoluí nos variados ramos da ciência. Não foi atoa que pra chegarmos no patamar atual, quantas bestialidades foram praticadas pela humanidade (detentores do poder). Necessitamos como nunca desse bálsamo Divino , hoje e sempre que nos fora ensinado pelo nosso Modelo e guia Jesus Cristo. Pacificando os corações e harmonizando as Nações.
ResponderExcluirObrigado por seu comentário.
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